Júlia Teixeira Lahm é pesquisadora do grupo Análise Ambiental e Permacultura, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Estuda permacultura e bioconstrução.
Soraya Nór é Doutora em Geografia, Professora do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-Graduação em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), membro do grupo de pesquisa Análise Ambiental e Permacultura. Estuda urbanismo, patrimônio cultural, meio ambiente e permacultura.
Como citar esse texto: LAHM, J. T.; NÓR, S. As hortas urbanas comunitárias do Campeche: metodologia do discurso do sujeito coletivo. V!RUS, São Carlos, n. 13, 2016. Disponível em: <http://143.107.236.240/virus/virus13/?sec=4&item=6&lang=pt>. Acesso em: 22 Dez. 2024.
Resumo:
Este artigo, que faz parte da pesquisa em desenvolvimento, intitulada “Hortas urbanas: uma alternativa para a sustentabilidade e a transformação da paisagem urbana”, é resultado de uma pesquisa piloto realizada com a comunidade frequentadora das Hortas Urbanas Comunitárias existentes no bairro Campeche na cidade de Florianópolis – SC, com o objetivo de identificar os principais benefícios, as principais dificuldades, o público frequentador predominante e a percepção geral que estes frequentadores têm das Hortas Urbanas Comunitárias. Acredita-se que a avaliação destes espaços comunitários, por seus próprios frequentadores e mantenedores, é de grande valia, pois, assim, se poderá identificar e compreender como está o processo, o que está sendo feito e quais as mudanças necessárias para a melhoria do movimento como um todo. A pesquisa de abordagem qualitativa envolveu a realização de 10 entrevistas com questões abertas com participantes, alguns bastante ativos e outros menos ativos, das Hortas Urbanas Comunitárias do bairro Campeche. A metodologia aplicada para fazer as análises dos resultados das entrevistas foi o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), método através do qual se retiram as Expressões-Chaves, Ideias Centrais e/ou Ancoragens semelhantes e após isso é construído um único discurso para todo o coletivo que respondeu a entrevista. Sendo assim, de modo geral a percepção dos entrevistados foi bastante heterogênea, todos concordam que as Hortas Urbanas Comunitárias estão muito mais ligadas à integração – com a comunidade, com a natureza e consigo mesmo – do que com a subsistência na produção de alimentos e que os demais benefícios, que não são poucos, segundo citam os próprios entrevistados, são consequência dessa integração que o contato com a natureza e com as origens resgata.
Palavras-chave:: Hortas urbanas comunitárias; Discurso do sujeito coletivo (DSC); Pesquisa de opinião; Florianópolis.
Introdução
Pensar em desenvolvimento implica em respeitar, sobretudo, nossos recursos naturais e culturais. Para tanto, se faz necessário compreender paisagem e planejamento ambiental na perspectiva de buscar a integração da racionalidade ambiental e social à econômica, na ocupação e organização do espaço, visando priorizar a boa qualidade ambiental e, consequentemente, a vida, dentro de uma visão sistêmica e histórica (CITTADIN, 2010).
Nos últimos anos, em todo o mundo, aumentou consideravelmente a quantidade de pessoas vivendo em grandes centros urbanos. Esse processo de urbanização, na maioria dos casos ocorre de forma desordenada. Junte-se a isso o aumento da pobreza e da desigualdade, e o que teremos serão grupos inteiros sem acesso a condições mínimas de reprodução da existência. Uma destas condições é o acesso a alimentos de qualidade e preço acessível.
Neste contexto surge a necessidade da Agricultura Urbana, que vem também como ferramenta de reconexão do homem urbano com a natureza, da qual muitos julgam, inconscientemente, não fazer parte. A agricultura urbana pode, assim, ser considerada uma ação de resistência e resiliência das cidades, resgatando a natureza dentro do espaço urbano, diminuindo desigualdades, sociais e econômicas, inovando o presente enquanto revisita o passado.
A presente pesquisa piloto foi realizada com a comunidade frequentadora das Hortas Urbanas Comunitárias existentes no bairro Campeche na cidade de Florianópolis – SC, com o objetivo de identificar os principais benefícios, as principais dificuldades, o público frequentador predominante e a percepção geral que estes frequentadores têm das Hortas Urbanas Comunitárias.
Referencial teórico
Perante a elevada concentração populacional e crescente urbanização a que assistimos atualmente nas cidades, torna-se necessário melhorar as condições de vida dos seus habitantes, podendo a Agricultura Urbana representar uma estratégia para a sustentabilidade das cidades em diversos aspectos – social, ambiental e economicamente. O cultivo de alimentos deve ser visto como um importante componente da vida urbana do futuro (PINTO, 2007).
A Agricultura Urbana (AU) é um conceito multidimensional que inclui a produção, o agro extrativismo e a coleta, a transformação e a prestação de serviços, para gerar produtos agrícolas (hortaliças, frutas, ervas medicinais, plantas ornamentais etc.) e pecuários (animais de pequeno, médio e grande porte). Estes produtos estão voltados ao autoconsumo, trocas e doações ou comercialização, (re) aproveitando-se, de forma eficiente e sustentável, os recursos e insumos locais (solo, água, resíduos sólidos, mão-de-obra, saberes etc.) (PINTO, 2007).
Os alimentos produzidos são destinados para autoconsumo, abastecimento de restaurantes populares, cozinhas comunitárias e venda de excedentes no mercado local, resultando em inclusão social, melhoria da alimentação, nutrição e geração de renda (CEPAGRO, 2009).
Historicamente, agricultura e cidade sempre coexistiram mantendo sua relação de interdependência. Com o tempo, o avanço da urbanização, o aumento da população e da tecnologia, estabeleceu-se uma dicotomia entre campo e cidade, produtor e consumidor. Porém em tempos difíceis a agricultura sempre esteve lá, como no período entre guerras na Europa. As dificuldades enfrentadas encorajaram resgates e “novas” buscas e soluções para enfrentar o problema da escassez de alimentos gerada pela guerra, criando assim novas demandas e fazendo da produção de alimentos urbana uma possível solução. Além disso, o envolvimento comunitário e a colaboratividade são algumas das potenciais atitudes que se desenvolvem a partir de dificuldades, exemplos das boas notícias que veem apesar da crise.
É então fundamental promover ações sustentáveis em que, no contexto do desenvolvimento urbano, seja adotada uma estratégia que aperfeiçoe infraestruturas, minimize deslocamentos e promova as relações sociais e a constituição de sinergias. Refira-se que a viabilidade destes fatores é altamente rentável e promotora de sustentabilidade.
As Hortas Urbanas Comunitárias, aqui estudadas, são apenas uma parte da agricultura urbana e pela sua importância, assentam inúmeras funções que podem desempenhar, pois, além da função pedagógica, do resgate às origens através do (re) contato com a terra, de ser um veículo de integração social, de ter potencial para combater a fome entre os mais carenciados e de equilibrar o orçamento familiar; indicam outro caminho para melhor gerir e cuidar das nossas cidades de maneira mais participativa, democrática e ambientalmente sustentável, funcionam também como uma estratégia de recuperação ambiental de terrenos ociosos, que serviam apenas para acumular mato e lixo e devem ser consideradas no Plano Diretor Municipal para que a atividade seja regulamentada.
Os espaços verdes urbanos produtivos também contribuem para regularizar situações ambientais, mediante as suas capacidades de: termo regularização; controle da umidade; controle das radiações solares; controle da nebulosidade; purificação da atmosfera; absorção de dióxido de carbono e aumento do teor em oxigênio; proteção contra o vento; proteção contra a chuva e o granizo; proteção contra e erosão; proteção contra o ruído e proteção em relação à circulação viária.
Embora haja diversas experiências de Agricultura Urbana espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, comprovando todos os benefícios anteriormente citados, existe ainda uma série de limitações a ser superada. Frequentemente a Agricultura Urbana não é reconhecida pelas políticas agrícolas e não é contemplada no planejamento urbano, o que a torna invisível ao poder público e consequentemente distante cada vez mais de um Plano Diretor Municipal. Isso faz com que a Agricultura Urbana aconteça informalmente e, assim, os produtores e colaboradores não têm direito a nenhum apoio institucional, assistência técnica e outros serviços necessários para a manutenção e planejamento desses espaços, tão relevantes e transformadores da paisagem e da sociedade urbana (VALDIONES, 2013).
Área de estudos e as iniciativas coletivas
O município florianopolitano se divide na parte insular e continental totalizando assim uma área de 433km² nos quais estão distribuídos 421.240 habitantes conforme os dados divulgados pelo último censo realizado, em 2010. Em uma área correspondente a 35,32 km² do município se localiza o Distrito do Campeche, criado pela Lei 4805/95, o qual abrange as localidades Morro das Pedras, Praia do Campeche, Campeche e Rio Tavares. Nesta localidade a atividade econômica predominante é turística, porém se intensificou a ocupação residencial nas últimas décadas (DIAS; SCHUCH, 2015).
Fig. 1: A ilha de Florianópolis e os bairros. Fonte: www.mobfloripa.com.br. Acesso em: 01 nov. 2016.
As Hortas Urbanas Comunitárias do bairro Campeche surgiram por iniciativa coletiva, através de grupos de moradores do bairro com interesses comuns que partilharam nas redes sociais a vontade e necessidade da criação de espaços públicos de cultivo, onde a vizinhança pudesse compartilhar conhecimentos e plantar alimentos. A partir disso iniciou-se um movimento de ocupação de terrenos ociosos com áreas de cultivo de plantas alimentícias, medicinais, aromáticas, compostagem, minhocário, sementeiras e mudas. Inicialmente houve um projeto piloto em um terreno particular cedido gentilmente por seu proprietário, intitulado “Quinta do Campeche”. Após isso, foram surgindo oportunidades de ocupar outros espaços, públicos e privados.
A partir desse movimento iniciado em meados de maio de 2015, o movimento coletivo intitulado “Quinta do Campeche”, hoje já resultam diversas Hortas Urbanas espalhadas pela ilha e continente, entre elas quatro Hortas Urbanas Comunitárias somente no bairro do Campeche. São elas: a Horta da Pacuca, localizada dentro do Parque Cultural do Campeche, a Horta das Garças, localizada em terreno privado cedido à comunidade, a Horta da AMOJAC (Associação dos Moradores do Jardim Castanheiras), localizada em terreno da AMOJAC e a Horta da Fazenda Rio Tavares, localizada no Posto de Saúde Fazenda Rio Tavares.
Fig. 2: Hortas Urbanas Comunitárias do Campeche. Fonte: Carbonari, 2016. Disponível em:
Discurso do sujeito coletivo como metodologia de pesquisa
O Discurso do Sujeito Coletivo ou DSC é um método de processamento de depoimentos para ser usado em pesquisas de opinião, que foi desenvolvido por Fernando Lefevre e Ana Maria Cavalcanti Lefevre na Universidade de São Paulo. Desde o ano 2000 a proposta vem sendo aplicada e testada em todo tipo de pesquisa nas áreas da saúde, educação, administração, comunicação, informática e outras. Basicamente, depois de realizadas as entrevistas, a técnica consiste em:
1. Selecionar o essencial do conteúdo de cada depoimento;
2. Associar a estes conteúdos selecionados uma descrição sucinta de seus sentidos;
3. Agrupar os depoimentos de sentido semelhante numa categoria ou conjunto;
4. Reunir o conteúdo destes depoimentos de sentido semelhante em discurso único, os chamados Discursos do Sujeito Coletivo, redigidos na 1º pessoa do singular;
Para somar depoimentos e obter uma opinião coletiva, o DSC utiliza os seguintes instrumentos, segundo Lefevre e Lefevre, 2012:
1. Expressões-Chave: Segmentos, contínuos ou descontínuos do discurso, que devem ser destacados e que revelam, com mais clareza, o conteúdo de uma resposta a uma questão de pesquisa.
2. Ideias Centrais: Nome ou expressão linguística que descreve da maneira mais sintética e precisa possível, o(s) sentido(s) presente(s) nas Expressões-Chave.
3. Ancoragens: As Ancoragens são, como as Ideias Centrais, fórmulas sintéticas que descrevem não mais os sentidos, mas as ideologias, valores, crenças, presentes nas respostas individuais, quando nos depoimentos aparecem Expressões-Chave sob a forma de afirmações genéricas destinadas a enquadrar situações particulares, quando tais afirmações apresentam marcas linguísticas de generalidade, elas são consideradas, pela metodologia do DSC, como Ancoragens.
4. Discurso do Sujeito Coletivo: Reunião num só discurso-síntese homogêneo, de expressões chave de discursos que têm a mesma ideia central ou a mesma ancoragem.
O Discurso do Sujeito Coletivo é uma técnica de pesquisa que se presta à abordagem de todo tipo de temática que envolva o vastíssimo campo dos pensamentos, sentimentos, crenças, atitudes, valores, representações sociais, quando estas são expressas sob forma de discursos verbais (LEFEVRE; LEFEVRE, 2012).
A proposta do DSC para o resgate e descrição das opiniões de coletividades é, assim, quali-quantitativa já que, num mesmo processo de pesquisa, qualifica e quantifica as opiniões de coletividades.
Esta tarefa dupla é necessária uma vez que uma opinião coletiva é, sempre, uma qualidade (a opinião/depoimento) e uma quantidade (a coletividade ou seus segmentos). O resultado final de uma pesquisa que usa o DSC consistirá num painel de distintas qualidades (depoimentos coletivos que apresentam sentidos diferentes) cada uma com seu respectivo peso e distribuição no tecido social, que expressam as opiniões existentes numa coletividade, no momento da pesquisa, sobre o tema pesquisado. (LEFEVRE; LEFEVRE, 2005).
Os autores desta metodologia desenvolveram, também na USP, um software, o Qualiquantisoft, em parceria com Sales&Paschoal Informática, com o objetivo de facilitar a realização de pesquisas quali-quantitativas nas quais é utilizada a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Porém na presente abordagem não se verificou a necessidade de utilizá-lo, visto que seria uma amostra bem pequena de entrevistados em que as análises puderam ser feitas manualmente com facilidade.
Materiais e métodos
Como participante das hortas, a autora comunicou previamente os possíveis entrevistados de que faria uma entrevista e todos concordaram que preferiam responder às questões por escrito, com mais tempo em suas casas, por razão de tempo, espaço e circunstância (praticamente todos os encontros são realizados nos mutirões). Assim foi elaborado um questionário com quatro questões abertas para que os interessados pudessem manifestar livremente suas opiniões. Parte dos questionários foi distribuído e parte enviado online para os participantes, entre os dias 05 e 30 de abril de 2016, e, após isso, os questionários foram devolvidos ou reenviados à autora devidamente respondidos pelos entrevistados até o dia 05 de maio de 2016. Foram distribuídos poucos questionários, aproximadamente 15, sendo que 10 foram respondidos e devolvidos no tempo hábil. Optou-se por um número menor de entrevistados, pois a intenção era que as pessoas realmente envolvidas e/ou que já tiveram envolvimento no movimento respondessem as questões.
Procurou-se tomar cuidado para que participassem da entrevista pessoas de diferentes idades, sexo, escolaridade e classe social, para não haver distorções. As respostas foram tratadas como anônimas, sem distinção de gênero, raça, cor, idade ou escolaridade, tanto por uma questão ética, quanto para não ter influência na pesquisa.
As questões a serem respondidas na entrevista foram as seguintes:
1. Em sua opinião, quais os principais benefícios das Hortas Urbanas Comunitárias do bairro Campeche?
2. Em sua opinião, quais as principais dificuldades das Hortas Urbanas Comunitárias do bairro Campeche?
3. Em sua opinião, qual o perfil dos principais participantes/ frequentadores das Hortas Urbanas Comunitárias do bairro Campeche (Idade, gênero, condição social, frequência de participação)?
4. Dê a sua opinião, em geral, sobre as hortas urbanas.
Análise dos dados
Como já colocado anteriormente, as respostas foram analisadas utilizando a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), proposta por Lefevre, Lefevre e Teixeira (2000), que busca identificar as seguintes figuras metodológicas ou operadores: expressões-chave, ideias centrais e ancoragem.
Após leitura minuciosa das respostas, identificaram-se as expressões-chave (ECH) e as ideias centrais (IC), reunindo as semelhanças na mesma categoria e finalmente formando o DSC com a união dos depoimentos numa mesma categoria, acrescentado de elementos conectivos e excluindo-se as expressões repetidas, a fim de garantir a coesão textual do discurso.
Resultados
De um total de 15 questionários distribuídos, 10 retornaram em tempo hábil para a pesquisa, totalizando 66,6% de aceitação. Houve mais respostas pelo questionário digital (aproximadamente 60%) do que pelo escrito à mão.
Apresenta-se a seguir o resultado parcial das expressões-chave e ideias centrais de cada questão da entrevista. Para isso, foi selecionado o conteúdo essencial de cada resposta e este foi associado a uma ideia central. As respostas de sentido semelhantes foram agrupadas em categorias (A, B, C, D, E, F, G, H), que vão sendo criadas conforme vão aparecendo respostas diferentes das já citadas, de forma a diferenciar as respostas para que todas fossem valorizadas e para que não se repetissem. Assim o conteúdo das respostas de sentido semelhante foi reunido, sem repetição, em discurso único, redigido em 1º pessoa do singular, representando um único Sujeito Coletivo.
Questão 1: Em sua opinião, quais os principais benefícios das Hortas Urbanas Comunitárias do bairro Campeche?
Nº | Expressões-Chave | Ideia Central | Categoria |
---|---|---|---|
1. | "Socialização entre os moradores Qualidade de vida Consumo de alimentos orgânicos; Amor e dedicação." | "Vida Saudável Interação social " | A |
2. | "Espaço para plantar em comunhão União das famílias Consciência coletiva Qualidade de vida, comunidade." | "Vida Saudável Interação." | A |
3. | "Alimentação Saudável Encontros Conhecimento alimentos, plantas, natureza. Olhar para si mesmo." | "Integração Olhar para si mesmo." | B |
4. | "Alimentos de qualidade (orgânicos) Despertar da consciência Nutrição Incentivo a produção local e familiar." | Incentivo a Produção local e familiar. | C |
5. | "Relações comunitárias Autonomia do bairro Alimentos saudáveis Fortalece laços humanos com a natureza." | "Integração Fortalecimento dos laços. " | D |
6. | "Fortalecimento da comunidade Orgânicos, baixo custo. Trabalho em equipe Conexão com a natureza Criação de redes Fortalecimento de hortas privadas Diversificação alimentar Trocas de mudas Aproveitamento de espaços públicos Comunidade toma responsabilidades que geralmente exige ou delega ao Estado." | "Aproveitamento dos espaços públicos Comunidade responsável." | E |
7. | "Produção hortifrútis Recreação Integração entre os moradores." | "Vida Saudável Integração comunitária." | A |
8. | "Integrativo Mente sã, corpo são." | "Integração Vida Saudável" | A |
9. | "Integração comunitária Resiliência alimentar" | "Integração comunitária Vida Saudável" | A |
10. | "Integração Fortalecimento da comunidade Ação colaborativa Troca de experiências e ideias Conscientização do destino dos resíduos Produção orgânica Distribuição de mudas Terapia ocupacional Divulgação da permacultura Ocupação de espaços públicos." | "Integração Destino dos resíduos, Terapia ocupacional Permacultura" | E |
Nota-se que a palavra INTEGRAÇÃO se repete em quase todas as respostas, porém ela só será mencionada uma única vez no DSC, para que o texto não se torne repetitivo. Por isso também ela não foi considerada uma categoria.
Questão 2: Na sua opinião, quais as principais dificuldades das Hortas Urbanas Comunitárias do bairro Campeche?
Nº | Expressões-Chave | Ideia Central | Categoria |
---|---|---|---|
1. | "Mobilização Voluntários suficientes para demanda necessária." | Mobilização, mão de obra | A |
2. | "Espaço para as hortas Falta de divulgação e motivação para conhecer e colaborar." | Falta de Divulgação | B |
3. | "Adesão da comunidade Falta de comunicação, divulgação (muitos nem sabem que existe!)" | Falta de Divulgação | B |
4. | "Falta de incentivo (governo), Divulgação, motivação e voluntários." | Falta de Incentivo governo | C |
5. | "Falta de tempo para participar por conta da vida atual Pouca adesão." | Tempo livre para participar. | D |
6. | "Falta de tempo e compromisso Rotação permanente das pessoas participantes Pouco conhecimento da terra. (técnica)" | Pouco conhecimento técnico. | E |
7. | Não participa diretamente, não sabe. | __ | __ |
8. | "Falta de publicidade Falta de organização Falta do hábito de disponibilidade para horta." | Tempo livre para participar – questão de hábito. | D |
9. | "Apoio do município Falta mais integração Falta de conhecimento das verdadeiras demandas e necessidades de cada região para implantação das hortas." | Falta de incentivo (apoio) | C |
10. | "Despertar a consciência da necessidade do trabalho voluntário na horta Disponibilidade de tempo e conhecimento Muitas desculpas e motivos para não participar." | Tempo livre para participar, muitas desculpas. | D |
Questão 3: Em sua opinião, qual o perfil dos principais participantes/frequentadores das Hortas Urbanas Comunitárias do bairro Campeche (idade, gênero, condição social, frequência de participação)?
Nº | Expressões-Chave | Ideia Central | Categoria |
---|---|---|---|
1. | "Famílias de classe média conscientes dos benefícios Homens, Mulheres Crianças." | Classe média, famílias. | A |
2. | "Todas as idades Pessoas já ligadas ao movimento, que acreditam em orgânicos e sustentabilidade Bichos-grilos; alternativos Alguns perdidos também." | Todas as idades – perfil sustentável. | B |
3. | Diversos, pessoas preocupadas com a sustentabilidade do planeta e acham que este formato de vida não serve mais. | Todas as idades – perfil sustentável. | B |
4. | "Todos os gêneros e classes Pessoas envolvidas com o interesse comum do alimento." | Todas as idades – perfil sustentável. | B |
5. | "Diverso, homens e mulheres de diversas profissões Jovens e adultos a mais tempo (idosos) Falta a participação de crianças e adolescentes." | Falta a participação de crianças e adolescentes. | C |
6. | "20 a 40 anos, dos dois gêneros Classe média, pessoas que estão na faculdade ou tem estudo universitário." | 20 a 40 anos, classe média, estudo avançado. | D |
7. | "Hortelões, idade variada Geralmente que já tem maior contato com a natureza. Não participo ativamente então não sei dizer ao certo." | Todas as idades – perfil sustentável. | B |
8. | De 30 a 50 anos, maioria mulher com curso superior, classe média, frequência eventual. | 30 a 50 anos, mulheres com curso superior, classe média. | E |
9. | "Muito jovens entre 18 e 25 anos preocupados com alimentação De 35 a 45 anos que têm repensado os processos atuais que vivemos." | Todas as idades – perfil sustentável. | B |
10. | "Mulheres de várias faixas etárias que vão com seus filhos Casais jovens e outros mais velhos Poucos membros assíduos Classe social “a cara do bairro” Muitos com formação acadêmica e profissional." | Mulheres de todas as idades com filhos, casais jovens. | F |
Aqui foram dadas algumas respostas bastante distintas, porém todas serão consideradas no DSC, considerando toda a faixa de idades citadas.
Questão 4: Dê a sua opinião, em geral, sobre as Hortas Urbanas.
Nº | Expressões-Chave | Ideia Central | Categoria |
---|---|---|---|
1. | Viabilizam a busca de qualidade de vida da população urbana. | Qualidade de Vida | A |
2. | Iniciativa muito boa para o bairro, famílias e comunidade, precisa de forte incentivo para se mantiver e se firmar na sociedade. | Necessita de incentivo para se manter. | B |
3. | "Acho incrível essas iniciativas Super fã e apoiadora da causa." | Incrível | C |
4. | "São fonte importante de alimento Merecem incentivo Devem ser da comunidade local para que todos possam praticar de forma organizada Se todos tiverem acesso a alimentos de qualidade mudaremos nossa questão social frente à saúde." | Necessita de incentivo para se manter. | B |
5. | "Maravilhosas, uma gota de esperança num país de degradação socioambiental. São um caminho para sustentabilidade." | Muito benéfica | D |
6. | Gosto muito da ideia e dos benefícios para a comunidade. | Muito benéfica | D |
7. | "Movimento de empoderamento Boa forma de combater a pobreza, autossuficiência Falta ter caráter mais produtivo, só recreativo não vai trazer um movimento popular maior." | "Empoderamento1 Autossuficiência Combate à pobreza Falta um caráter mais produtivo para maior incentivo e adesão." | E |
8. | "Neste estágio nota 0,1. Muito falta para crescer, peculiar, se mantém pela movimentação dos Quintais de Floripa." | Ainda tem muito a crescer. | F |
9. | "Uma das únicas saídas que temos hoje para que as cidades continuem existindo. Quebrar a logística mercantil Conexão com o espírito Cuidado da terra com carinho Integração comunitária Apenas um estopim para revoluções reais, tanto a nível pessoal quanto social." | "Alternativa para a continuidade da existência das cidades. Revolução real, pessoal e social." | G |
10. | "É uma proposta de atitude mais saudável para as pessoas e sustentável para a natureza, produção de alimentos orgânicos, trabalho coletivo e voluntário. Integração da comunidade e transformação da consciência de todos." | "Vida Saudável e sustentável Alimentação Saudável, cooperação, coletividade, integração, consciência." | H |
Discurso do sujeito coletivo aplicado à pesquisa
A metodologia utilizada para a análise das entrevistas permitiu valorizar todas as respostas, desde as mais citadas e repetidas até as que foram citadas somente uma única vez, mas não menos importantes. O Discurso do Sujeito Coletivo permite-se ter uma ideia geral do que pensa um coletivo, sem deixar nenhuma opinião de lado e valorizando as opiniões mais recorrentes. Nos Discursos do Sujeito Coletivo as primeiras três ou quatro respostas do texto são sempre as mais recorrentes, ou seja, que foram citadas diversas vezes pelos entrevistados. À medida que o discurso avança vai se colocando as respostas menos recorrentes ou até mesmo que somente uma pessoa citou, porém não desprezando essa resposta, que faz parte do coletivo e é muito importante que seja valorizada. Acredita-se que este modelo de análise é uma maneira bastante democrática de valorização de opiniões, e muito válida quando implantada, principalmente, em questões comunitárias, em que nenhuma opinião deveria ser perdida ou desprezada. Sendo o discurso de um sujeito coletivo, elabora-se uma fala em 1º pessoa do singular, considerando todas as respostas dadas, de acordo com as ideias centrais, como se, de fato, fosse um só sujeito. A seguir apresenta-se o Discurso do Sujeito Coletivo das Hortas Urbanas do bairro Campeche:
“Acredito que a interação e integração social são os principais benefícios das Hortas Urbanas do Campeche, pois elas são um espaço para plantarmos e que podemos compartilhar em comunhão os alimentos e conhecimentos, proporcionando mais qualidade de vida para todos os envolvidos. As hortas me trazem conexão com a natureza e um olhar voltado para mim mesmo. Despertam a consciência coletiva. São um incentivo à produção local e familiar, sendo um espaço de união entre as famílias. O fortalecimento dos laços também é um fato que as Hortas Urbanas resgatam. Acredito que as Hortas podem empoderar a comunidade fazendo-a refletir mais a respeito do destino de seus resíduos, fazendo com que nos sintamos responsáveis por isso. Acredito que sejam uma terapia ocupacional, e uma experiência muito válida por estar divulgando os princípios da Permacultura e ocupando os espaços públicos. No meu ver é uma prática necessária para a sustentabilidade e o incentivo à alimentação saudável.
Porém as dificuldades são muitas, mas acredito que principalmente a falta de mão-de-obra para a manutenção dos espaços, que resulta da falta de mobilização e também da escassa divulgação que acontece. Acho que faltam também espaços físicos disponíveis para as hortas. Acredito que falta incentivo do governo e por isso os participantes acabam desistindo, além de não terem tempo disponível suficiente para dedicar às hortas. A falta de conhecimento técnico também dificulta um pouco o andamento das hortas, mas principalmente a falta de comprometimento dos envolvidos para seguir com a iniciativa firme.
Acredito que o perfil de grande parte dos participantes dos mutirões são famílias de classe média, escolarizadas, de todas as idades, mas a grande maioria tem em comum o perfil de pessoa já consciente da sustentabilidade. Acredito que falta a participação de jovens e adolescentes, a média de participantes encontra-se entre 20 a 50 anos, bastantes mulheres com filhos participam.
Em geral, acredito que as Hortas Urbanas são uma ótima iniciativa, pois proporcionam qualidade de vida, alimentação saudável, empoderam a comunidade, promovem o conceito de autossuficiência e combatem a pobreza. Acredito ser uma alternativa para a continuidade da existência de cidades. Promove conexão, cuidado, integração, revolução real, pessoal e social, cooperação, coletividade e a tomada de consciência. Entretanto elas necessitam de incentivo para se manter. Acho que falta um caráter mais produtivo para maior incentivo e adesão das pessoas.”
Conclusão
A realização desta pesquisa piloto com o coletivo que participa das hortas urbanas do Campeche permitiu extrair diferentes percepções dos entrevistados a respeito dos benefícios, dificuldades, perfil dos frequentadores e opinião geral a respeito de tais espaços. Em geral, todos concordam que as hortas possuem diversos benefícios e também diversas dificuldades sendo enfrentadas. Entre os benefícios um dos mais citados foi a integração – com a natureza, com outras pessoas e consigo mesmo, evidenciando que as hortas urbanas vão muito além da produção de alimentos, recreação e sustentabilidade. A principal dificuldade certamente é a falta de mão-de-obra, já que há poucas pessoas realmente comprometidas seriamente com as hortas, fazendo com que o processo não consiga manter-se contínuo e que avance. A falta de incentivos e a falta de divulgação da proposta também são fatores que necessitam ser observados e trabalhados para que haja maior adesão da comunidade às hortas. O perfil dos usuários é bastante diverso e a idade predominante de participantes varia de 20 até 50 anos porém, de acordo com as entrevistas, falta um pouco a participação de jovens e adolescentes (dos 14 aos 20 anos). Em geral a comunidade acredita muito na iniciativa e no projeto como ferramenta para incentivar a alimentação saudável, a sustentabilidade e a qualidade de vida, ressaltando que é necessário mais incentivo da parte comunitária que já participa e principalmente da parte institucional. É importante que o governo apoie essa iniciativa para que assim, se obtenha um mínimo de recursos para que se possa manter a iniciativa e para que continue transformando o bairro e toda a comunidade ao seu redor. A inclusão da agricultura urbana no Plano Diretor Municipal é um desses meios de apoio que seguimos na luta para conseguir.
Nota
1 A palavra empoderamento aqui é empregada no sentido de dar poder à comunidade, como ação social coletiva para incentivar a participação, socialização do poder entre os cidadãos.
Referências
CEPAGRO. Cartilha de Agricultura urbana. Florianópolis:Cepagro, 2009.
CITTADIN, A. P. Laguna, Paisagem e Preservação: o patrimônio cultural e natural do município. 2010. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, UFSC, Florianópolis, 2010.
DIAS, E. S.; SCHUCH, F. S. A ocupação do distrito do Campeche: Plano Diretor versus características do solo. In: SIMPÓSIO DE GEOGRAFIA DA UDESC, 15., 2015, Florianópolis. Anais… Florianópolis: UDESC, 2015.
LEFEVRE, F.; LEFEVRE, A. M. C. Depoimentos e Discursos: Uma nova proposta de análise em pesquisa social. Brasília: Liberlivro, 2005.
LEFEVRE, F.; LEFEVRE, A. M. C. Pesquisa de Representação Social: Um enfoque qualiquantitativo. Brasília: Liberlivro, 2012.
LEFEVRE, F.; LEFEVRE, A. M. C.; TEIXEIRA, J. J. V. O Discurso do Sujeito Coletivo: Uma nova abordagem metodológica em pesquisa qualitativa. Caxias do Sul: EDUCS, 2000.
PINTO, R. S. B. F. F. Hortas urbanas: espaços para o desenvolvimento sustentável em Braga. Portugal: Universidade do Minho, 2007.
VALDIONES, A. P. G. Panorama da Agricultura Urbana e Periurbana no município de São Paulo. 2013. Dissertação (Mestrado em Mudança Social e Participação Política) - Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
Júlia Teixeira Lahm is Architect, member of Permaculture and Ambiental Analysis and Permaculture Research Group, at Federal University of Santa Catarina (UFSC). She studies permaculture and bio-construction.
Soraya Nór is Doctor in Geography, Professor of Course of Architecture and Urbanism and at Post Graduation Program in Urbanism, History and Architecture of City, at Federal University of Santa Catarina (UFSC), member of Permaculture and Ambiental Analysis and Permaculture Research Group. She studies urbanism, cultural heritage, environment and permaculture.
How to quote this text: Lahm, J. T. and Nór, S., 2016. The urban community gardens of Campeche: methodology of collective subject discourse. V!RUS, [e-journal] 13. [online] Available at: <http://143.107.236.240/virus/virus13/?sec=4&item=6&lang=en>. [Accessed: 22 December 2024].
Abstract:
This article, which is part of an ongoing research entitled "Urban Gardens: an alternative for sustainability and for the transformation of the urban landscape", is the result of a pilot study carried out with the community members of the Urban Community Gardens in the Campeche neighborhood, in the city of Florianópolis, in order to identify the main benefits, difficulties, predominant public and what is the general perception that users have of the Urban Community Gardens. It is believed that the evaluation of these community spaces by its own regulators and maintainers is of great value because, thereby, it is possible to identify and understand how the process runs, what is being done and what changes are necessary to improve the movement as a whole. The research of qualitative approach involved the accomplishment of 10 interviews with open questions with participants of the Urban Community Gardens, some quite active and others less active, at Campeche neighborhood in the city of Florianópolis. The methodology used to analyze the interviews results was the Collective Subject Discourse (CSD), a method by which Key Expressions, Central Ideas and/or similar Anchors are removed and after that a single discourse is constructed for the whole that answered the interview. Thus, in general, the interviewees' perception was quite heterogeneous: all agree that Urban Community Gardens are much more related to integration - with the community, with nature and with oneself - than with subsistence in food production and other benefits, which are not few - according to the interviewees themselves - they are consequence of this integration that the rescued contact with nature and origins.
Keywords:: Urban community gardens; Collective subject discourse (CSD); Integration.
Introduction
Thinking about development implies respecting, above all, our natural and cultural resources. Therefore, it is necessary to understand landscape and environmental planning in the perspective of seeking the integration of environmental and social rationality to the economic, in the occupation and organization of space, aiming to prioritize good environmental quality and, consequently, life, within a systemic view and historical (Cittadin, 2010).
In recent years the number of people living in large urban centers has increased considerably worldwide. This process of urbanization in most cases occurs in a disorderly way. In addition to this, the increase in poverty and inequality and what we will have will be whole groups without access to minimum conditions of existence. One of these conditions is access to quality food at an affordable price.
In this context, the need for Urban Agriculture arises, which also comes as a tool for reconnecting urban man with nature, which many people unconsciously believe are not part of it. Urban agriculture can thus be considered an action of resistance and resilience of cities, rescuing nature within urban space, reducing inequalities, social and economic, innovating the present while revisiting the past.
The present research was carried out with the community attending community gardens in the Campeche neighborhood in the city of Florianópolis, in order to identify the main benefits, the main difficulties, the predominant public and the general perception that these visitors have of the Urban Community Gardens.
Theoretical Reference
Given the high population concentration and increasing urbanization that we are currently witnessing in cities, it is necessary to improve the living conditions of its inhabitants. Urban Agriculture can represent a strategy for the sustainability of cities in various aspects - socially, environmentally and economically. Food crops should be seen as an important component of urban life in the future (Pinto, 2007).
Urban Agriculture (UA) is a multidimensional concept that includes production, agro extractivism and collection, transformation and service provision to generate agricultural products (vegetables, fruits, medicinal herbs, ornamental plants, etc.) and livestock (small, medium and large animals). These products are aimed for self-consumption, exchanges and donations or commercialization, (re) taking advantage of local resources and inputs (soil, water, solid waste, labor, knowledge, etc.) in an efficient and sustainable way (Pinto, 2007).
The food produced is destined for self-consumption, supply of popular restaurants, communal kitchens and sale of surpluses in the local market, resulting in social inclusion, improved nutrition, and income generation (Cepagro, 2009).
Historically, agriculture and the city have always coexisted maintaining their interdependence relationship. Over time, the advance of urbanization, the increase of population and technology, established a dichotomy between field and city, producer and consumer. But even in difficult times agriculture has always been in the field, as in the period between wars in Europe. The found difficulties encouraged compensations and also “new" researches and solutions to address the food shortage generated by the war and then creating new demands and making urban food production a possible solution. In addition to this, community involvement and collaboration are some of the potential attitudes that develop from difficulties, examples of coming good news despite the crisis.
It is therefore fundamental to promote sustainable actions in which, in the context of urban development, a strategy is adopted to improve infrastructures, minimize displacement and promote social relations and the creation of synergies. It should be noted that the viability of these factors is highly profitable and promotes sustainability.
The Urban Community Gardens here discussed are only one part of urban agriculture and, because of their importance, they are based on innumerable functions that can rescue the origins through (re) contact with the land, being a vehicle of social integration, of having the potential to fight hunger among the poorest and to balance the family budge, besides its the pedagogical function. It also represents another way to better manage and care for our cities in a more participative, democratic and environmentally sustainable way, also function as a strategy for the environmental recovery of idle land, which served only to accumulate weeds and garbage and should be considered in the Municipal Master Plan for Activity is regulated.
The productive urban green spaces also contribute to regularize environmental situations, through their capabilities: term regularization; moisture control; control of solar radiation; cloud control; purification of the atmosphere; absorption of carbon dioxide and increase in oxygen content; wind protection; protection against rain and hail; erosion protection ; noise protection and protection against road traffic.
Although there are several experiences of Urban Agriculture (UA) scattered throughout Brazil and the world, proving all the benefits previously mentioned, there are still a series of limitations to be overcome. Often the UA is not recognized by the agricultural policies and is not contemplated in urban planning. Due to this fact, UA seems invisible to the governments and consequently far from taking part in a Municipal Master Plan. This forces the AU to be conducted informally and, therefore, the producers and collaborators are not entitled to any institutional support, technical assistance and other services necessary for the maintenance and planning of these spaces, so relevant and transforming the landscape and urban society (Valdiones, 2013).
Study area and collective initiatives
The florianopolitan municipality is sectioned in insular and continental part, resulting in an area of 433km² in which 421,240 population are distributed according to the data released by the last census conducted in 2010. The District of Campeche is located in an area corresponding to 35.32 km² of the municipality. The district created by Law 4805/95 covers the localities Morro das Pedras, Praia do Campeche, Campeche and Rio Tavares. In this locality the predominant economic activity is tourism, but the residential occupation increased during last decades (Dias and Schuch, 2013).
Fig. 1: Florianópolis Island and its neighborhoods. Source: www.mobfloripa.com.br [Accessed 01 November 2016].
The urban community gardens of Campeche neighborhood were created by collective initiative by the groups of neighborhood residents with common interests. They shared the desire and need to create public spaces for cultivation, where the neighborhood could share and plant food and knowledge. From this, a movement of occuying idle land began in order to make areas of cultivation of food plants, medicinal, aromatic, composting, worm farm, seedlings and seedlings. Initially there was a "pilot project" on a private lot, tenderly given by its owner, titled "Quinta do Campeche". After this, there were opportunities to occupy other spaces, public and private.
This collective movement started in mid-May 2015, entitled "Quintais de Floripa". From this, today there are several urban gardens are already scattered throughout the island and continent, among them four communal urban gardens in the neighborhood of Campeche. These are: Pacuca’s Garden, located inside the Campeche Cultural Park, Garças’ Garden, located on private land assigned to the community, AMOJAC’s Garden (Residents Association of Castanheiras Neighborhood), located on the land of AMOJAC and Fazenda Rio Tavares’ Garden, located in the Fazenda Rio Tavares Health Post.
Fig. 2: Communal Urban Gardens of the Campeche neighborhood. Source: Carbonari, 2016. Available at: <www.quintaisdefloripa.wordpress.com> [Accessed 01 November 2016].
The Collective Subject Discourse as a research methodology
The Collective Subject Discourse or CSD is a method of processing testimonials to be used in opinion polls, which was developed by Fernando Lefevre and Ana Maria Cavalcanti Lefevre, both from the University of São Paulo. Since the year 2000 the proposal has been applied and tested in all kinds of researches in the knowledge areas such as health, education, administration, communication, computer science and others. Basically, the technique consists of, after the interviews:
1. Select the essentials of the content of each testimony;
2. Associate with these selected contents a brief description of your senses;
3. Group the statements of similar meaning into a category or set;
4. To gather the content of these statements of similar meaning in a single speech, the so-called Collective Subject Discourses, written in the 1st person singular; to add testimonials and get a collective opinion, the CSD uses the following instruments, according to Lefevre and Lefevre (2012).
Key Expressions: Continuous or discontinuous segments of speech which should be highlighted and reveal more clearly the content of a response to a research question.
Central Ideas: Name or linguistic expression that describes in the most syntactic and precise manner possible the meaning(s) present in Key Expressions.
Anchors: Anchors are, like the Central Ideas, synthetic formulas that no longer describe the senses, but the ideologies, values, beliefs, present in the individual responses, when the statements appear in Key Expressions in the form of generic statements intended to fit particular situations, when such statements present linguistic marks of generality, they are considered, by the methodology of the CSD, as Anchors.
Collective Subject Discourse: gather it in a single homogeneous sythesis of speech made of discourses’ key expressions which have the same central idea or the same anchorage.
Collective Subject Discourse is a research technique that lends itself to approaching all kinds of topics that involve the vast field of thoughts, feelings, beliefs, attitudes, values, and social representations when expressed in the form of verbal discourse (Lefevre and Lefevre, 2012).
The CSD proposal for the rescue and description of the opinions of collectivities is, thus, quantitative and qualitative, since in the same research process it qualifies and quantifies the opinions of collectivities.
This double task is necessary since a collective opinion is always a quality (opinion / testimony) and a quantity (the collectivity or its segments). The final result of a research using the CSD will consist of a panel of different qualities (collective testimonies with different meanings) each with their respective weight and distribution in the social fabric, which express the opinions that exist in a collectivity, at the time of the research, about The subject searched. (Lefevre and Lefevre, 2005).
The authors of this methodology developed, also at USP, a software, Qualiquantisoft, in partnership with Sales & Paschoal Informatics, in order to facilitate the conduction of qualitative researches in which the Collective Subject Discourse (CSD) technique is used. However, in the present approach there was no need to use it, since it would be a very small sample of interviewees where the analyzes could be done manually with ease.
Materials and Methods
As a participant in the gardens activities, the author previously communicated possible interviewees that she would make an interview, and everyone agreed that they preferred to respond in writing to the issues, with more time at home due to time, space and circumstance (almost all meetings are carried out in the joint efforts). Thus, a questionnaire was prepared with four open questions so then the interested parties could freely express their opinions. Part of the questionnaires were distributed and sent online to the participants, between April 5 and 30, 2016, and after that, the questionnaires were returned or returned to the author duly answered by the interviewees until May 5, 2016. Few questionnaires were distributed, approximately 15, of which 10 were answered and returned in a timely manner. A smaller number of respondents were chosen because the intention was for the people actually involved and / or involved in the movement to answer the questions.
The participation of people of different ages, sex, schooling and social class was intended in order to avoid distortions. The answers were treated as anonymous, without distinction of gender, race, color, age or schooling, either for an ethical question or to have no influence on the research.
The questions to be answered in the interview were as follows:
1 - In your opinion, what are the main benefits of urban community gardens in the Campeche neighborhood?
2 - In your opinion, what are the main difficulties of urban community gardens in the Campeche neighborhood?
3 - In your opinion, what is the profile of the main participants / users of urban community gardens in the Campeche neighborhood? (age, gender, social condition, frequency of participation).
4 - Give your opinion, in general, about the urban gardens.
Data Analysis
As previously stated, responses were analyzed according to Collective Subject Discourse (CSD) technique proposed by Lefevre, Lefevre and Teixeira (2000), which seeks to identify the following methodological figures or operators: key expressions, central ideas and anchoring.
After a deltailed reading of the responses, the key expressions (ECH) and the central ideas (CI) were identified, bringing together the similar ones in the same category and finally forming the CSD with the union of the statements in a same category, added of connective elements and excluding repeated expressions in order to guarantee the textual cohesion of the discourse.
Results
Of a total of 15 questionnaires distributed, 10 returned in a timely manner for the survey, totaling 66.6% of acceptance. There were more responses by the digital questionnaire (approximately 60%) than by handwriting.
The partial result of the key expressions and central ideas of each interview question is presented below. Therefore, the essential content of each response was selected and this was associated with a central idea. The similar sense responses were grouped into categories (A, B, C, D, E, F, G, H), which are created as different responses appear to differentiate the responses so that all Valued and not repeated. Thus the content of the responses of similar sense was collected, without repetition, in a single speech, written in the first person singular, representing a single Collective Subject.
Question 1: In your opinion, what are the main benefits of Urban Community Gardens in the Campeche neighborhood?
Nº | Key Expressions | Central Idea | Category |
---|---|---|---|
1. | Socialization among residents Quality of lifeOrganic food consumption Love and dedication. | Healthy life Social interaction | A |
2. | Space to plant communion Union of families Collective awareness Quality of life, community. | Healthy life Interaction. | A |
3. | Healthy eating Events Knowledge of food, plants, nature Look at yourself | Integration Look at yourself. | B |
4. | Quality food (organic) Awakening of consciousness Nutrition Encouraging local and family production. | Incentive to local and family production. | C |
5. | Community relations Neighborhood Autonomy Healthy food Strengthens human bonds with nature. | Integration Strengthening of ties. | D |
6. | Community empowerment Organic, low cost.Team work Connection with nature Networking Strengthening of gardens privadas Food diversification Exchanges of seedlings Use of public spaces Community takes responsibilities that it generally requires or delegates to the State. | Use of public spaces Responsible community. | E |
7. | Fruit and vegetable production Leisure Integration among residents. | Healthy life Community integration. | A |
8. | Integrative Healthy mind and body. | Integration Healthy life | A |
9. | Community integration Food resilience | Community integration Healthy life | A |
10. | Integration Community empowerment Collaborative action Exchange of experiences and ideas Awareness of waste destiny Organic production Distribution of seedlings Occupational therapy Permaculture Disclosure Occupation of public spaces. | Integration Waste destination Occupational therapy Permaculture | E |
Note that the word INTEGRATION is repeated in almost all the answers, but it will only be mentioned once in the CSD, so that the text does not become repetitive. So it too was not considered a category.
Question 2: In your opinion, what are the main difficulties of the Urban Community Gardens of the Campeche neighborhood?
Nº | Key Expressions | Central Idea | Category |
---|---|---|---|
1. | Mobilization Sufficient volunteers for required demand. | Mobilization, labor | A |
2. | Space for the gardens No disclosure and motivation to know and collaborate. | No Disclosure | B |
3. | Community membership No communication, dissemination (many do not even know it exists) | No Disclosure | B |
4. | No incentive (government), Dissemination, motivation and volunteers. | No government incentive | C |
5. | No time to participate because of current life Low adherence. | Free time to participate. | D |
6. | Lack of time and commitment Permanent rotation of the participants Little knowledge of the land. (Technique) | Little technical knowledge. | E |
7. | Do not participate directly, do not know. | __ | __ |
8. | Lack of advertising Lack of organization Lack of availability for vegetable garden. | Free time to participate - a matter of habit. | D |
9. | Support from the municipality Lack of integration Lack of knowledge of the real demands and needs of each region for the implementation of the gardens. | Lack of incentive (support) | C |
10. | Raise awareness of the need for volunteer work in the garden Availability of time and knowledge Many excuses and reasons not to participate. | Free time to participate, many excuses | D |
Question 3: In your opinion, what is the profile of the main participants / goers of the Urban Community Gardens of Campeche neighborhood (age, gender, social status, attendance frequency)?
Nº | Key Expressions | Central Idea | Category |
---|---|---|---|
1. | Benefit-aware middle class families Men, Women Children. | Middle class, families. | A |
2. | All ages People already attached to the movement, who believe in organic and sustainable Hippies; alternative people Some lost too. | All ages - sustainable profile. | B |
3. | Diverse, people concerned about the sustainability of the planet and think that this format of life no longer serves. | All ages - sustainable profile. | B |
4. | All genres and classes People involved with the common interest of food. | All ages - sustainable profile. | B |
5. | Diverse men and women from different professions Older adults and adults (older adults) The participation of children and adolescents is lacking. | No participation of children and adolescents. | C |
6. | 20 to 40 years old, of both genders Middle class, college or university students. | 20-40 years old, middle class, advanced study. | D |
7. | Varied age Usually you already have more contact with nature. I do not actively participate so I can not say for sure. | All ages - sustainable profile. | B |
8. | From 30 to 50 years, most women with a college education, middle class, occasional attendance. | 30 to 50 years old, women with college education, middle class. | E |
9. | Very young people between the ages of 18 and 25 From 35 to 45 years who have rethought the current processes that we live. | All ages - sustainable profile. | B |
10. | Women of various ages who go with their children Young and older couples Few average members Social class ""the face of the neighborhood" Many with academic and professional backgrounds. | Women of all ages with children, young couples. | F |
Here are some quite different answers, but all will be considered in the CSD, considering the whole range of ages cited.
Question 4: Give your opinion, in general, about the Urban Gardens.
Nº | Key Expressions | Central Idea | Category |
---|---|---|---|
1. | Enable the search for quality of life of the urban population. | Quality of life | A |
2. | A very good initiative for the neighborhood, families and community, needs a strong incentive to maintain and establish itself in society. | Need incentive to maintain. | B |
3. | I find these initiatives incredible. Super fan and supporter of the cause. | Amazing | C |
4. | They are important source of food Deserve encouragement Must be from the local community so that everyone can practice in an organized way If everyone has access to quality food we will shift our social issue to health. | Need incentive to maintain. | B |
5. | Wonderful, a drop of hope in a country of socio-environmental degradation. They are a path to sustainability. | Very beneficial | D |
6. | I really like the idea and the benefits to the community. | Very beneficial | D |
7. | Empowerment movement Good way of combating poverty, self-sufficiency It lacks a more productive character, only recreational will not bring a greater popular movement. | Empowerment Self-sufficiency Combating poverty There is a lack of a more productive character for greater incentive and adherence. | E |
8. | At this stage note 0.1. Much lack to grow, peculiar, is maintained by the movement of the “Quintais de Floripa” | There is still much to grow. | F |
9. | One of the only exits we have today so that the cities continue to exist. Break the market logistics Connection with the spirit Care of the earth with affection Community integration Only a trigger for real revolutions, both personally and socially. | Alternative for the continuity of the existence of cities. Real, personal and social revolution. | G |
10. | It is a proposal for a healthier attitude for people and sustainable for nature, organic food production, collective work and volunteer. Community integration and transformation of the consciousness of all. | Healthy and sustainable living Healthy Eating, cooperation, community, integration, awareness. | H |
Collective Subject Discourse applied in the research
The methodology used to analyze the interviews made it possible to value all the answers, from the most cited and repeated ones to those that were mentioned only once, but no less important. The Collective Subject Discourse allows to have a general idea of what a collective thinks, without leaving any opinions aside and valuing the most recurrent opinions. In Collective Subject Discourses the first three or four answers to the text are always the most recurrent, that is, they were cited several times by the interviewees. As the discourse progresses, the less recurring answers are put or even that only one person has mentioned, but not disregarding that answer, which is part of the collective and is very important to be valued. It is believed that this model of analysis is a very democratic way of valuing opinions, and it is very valid when implemented mainly in community matters, where no opinion should be lost or overlooked. Being the discourse of a collective subject, a first-person singular speech is made, considering all the answers given, according to the central ideas, as if, in fact, it was a single subject. The following is the Collective Subject Discourse of Urban Gardens in the Campeche neighborhood.
I believe that interaction and social integration are the main benefits of the Urban Gardens of the Campeche Neighborhood, because they are a space to plant and we can share food and knowledge in fellowship, providing more life quality for all involved. The gardens bring me into connection with nature and with a look at myself. They awaken the collective consciousness. They are an incentive to local and family production, being a space of union among families. The strengthening ties is also a fact the Urban Gardens rescue. I believe that the gardens can empower the community by making them reflect more about the fate of their waste, making us feel responsible for it. I believe it to be an occupational therapy, and a very worthwhile experience because it is spreading the principles of Permaculture and occupying public spaces. In my view it is a necessary practice for sustainability and encouraging healthy eating.
However there are many difficulties, and I believe that mainly the lack of manpower for the maintenance of spaces, which results from the lack of mobilization and also from the scarce disclosure that happens. I think there are also physical spaces available for the gardens. I believe that there is a lack of incentive from the government and therefore the participants end up giving up, besides not having enough spare time to dedicate to the gardens. The lack of technical knowledge also makes the progress of the gardens somewhat difficult, but mainly the lack of commitment of the involved ones to follow the firm initiative.
I believe that the profile of most of the participants in the joint efforts are middle-class, educated families of all ages, but the vast majority share the profile of a person already aware of sustainability. I believe that there is a lack of participation of young people and adolescents, the average number of participants is between 20 and 50 years, many women with children participate.
In general, I believe that the Urban Gardens are a great initiative, because they provide quality of life, healthy food, empower the community, promote the concept of self-sufficiency and fight against poverty. I believe it is an alternative for the continuity of the existence of cities. It promotes connection, care, integration, real, personal and social revolution, cooperation, collectivity and consciousness. However, they need encouragement to maintain themselves. I think there's necessary more productive touch to encourage people to join in.
Conclusion
The accomplishment of this pilot research with the collective that participates in the urban gardens of the Campeche neighborhood allowed to extract different perceptions of the interviewees regarding the benefits, difficulties, profile of regulars and general opinion about such spaces. In general, everyone agrees that the gardens have several benefits and also several difficulties being faced. Among the benefits one of the most cited was integration - with nature, with other people and with oneself, showing that urban gardens go far beyond food production, recreation and sustainability. The main difficulty is certainly the lack of people working, since there are few people who are seriously compromised with the gardens, causing the process not to be able to keep going forward and to progress. The lack of incentives and the lack of dissemination of the proposal are also factors that need to be observed and worked to increase community participation in the gardens. The profile of users is quite diverse and the predominant age of participants varies from 20 to 50 years, but according to the interviews, the participation of young people and adolescents (from 14 to 20 years) is a bit lacking. In general, the community believes in initiative and in the project as a tool to encourage healthy eating, sustainability and quality of life, emphasizing that more encouragement is needed from the community that already participates and mainly from the institutional side. It is important that the government supports this initiative so that a minimum of resources can be obtained so that the initiative can be maintained and that it continues transforming the neighborhood and the whole community around it. The inclusion of urban agriculture in the Municipal Master Plan is one of these means of support that we follow in the struggle to achieve.
References
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Cittadin, A. P., 2010. Laguna, Paisagem e Preservação: o patrimônio cultural e natural do município. Master Federal University of Santa Catarina.
Dias, E. S.; Shuch, F. S., 2015. A ocupação do distrito do Campeche: Plano Diretor versus características do solo. In: 15th Simpósio de Geografia da UDESC. Florianópolis, Brazil 2015. Florianópolis: UDESC.
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